Vigilância identifica terceiro foco de Aedes em Pelotas.
Os agentes participantes da força-tarefa Todos contra o Aedes estavam concentrados na praça Dr. Manoel Alberto Gomes Maia, por volta do meio-dia desta segunda-feira (13), no Arroio Fragata, quando foram informados de que tinha sido identificado o terceiro foco de larvas do mosquito transmissor de dengue, chikungunya, zika e febre amarela, na armadilha instalada em uma empresa de transporte turístico, também no Fragata. Parte da equipe foi deslocada ao local e estão sendo realizadas, ao longo da tarde, duas ações simultâneas de combate ao Aedes aegypti.
A praça é o ponto central da ação no Arroio Fragata – localidade próxima à avenida Cidade de Lisboa, via de fluxo intenso de acesso à BR-116. A partir dela, as equipes percorrem um raio de 300 metros em visita às residências e estabelecimentos comerciais para orientar as pessoas, verificar se não há água parada (possíveis criadouros do mosquito) e retirar materiais inservíveis. Uma retroescavadeira recolhe lixo, restos e podas e de móveis abandonados em locais públicos e os deposita em contêineres especialmente levados aos locais das ações.
Para eliminar os mosquitos alados, em um raio de 150 metros do terceiro foco encontrado está em andamento uma Pesquisa Vetorial Especial (PVE): limpeza mecânica (retirada de entulhos e inservíveis) e química (fumacê/fumaça e vaporização de Ultrabaixo Volume (UBV). “As pessoas reclamam quando utilizamos o UBV porque não tem fumaça, mas este produto é bem mais eficaz que o fumacê, porque ao pulverizar as gotículas ‘sentam’ e aderem à superfície, atuando por mais tempo, enquanto a fumaça se dissipa”, explica o diretor de Vigilância em Saúde, Franklin de Souza Neto. As PVEs são feitas nos locais em que há suspeita ou confirmação de foco ou houve denúncia.
Até agora não foi encontrado nenhum mosquito Aedes em Pelotas. A Secretaria de Saúde (SMS) acredita que o inseto que depositou larvas na armadilha colocada na empresa de ônibus tenha vindo de alguma área endêmica, fora do Município.
A secretária de Saúde, Ana Costa, acompanhou a força-tarefa, que segue até as 18h. Participam
agentes de campo de endemias da Vigilância Ambiental, visitadores do programa Primeira Infância Melhor (PIM), agentes comunitários de saúde (ACSs) ou agentes colaboradores de outras áreas da SMS, equipe de Fumacê. Apoiam a ação as secretarias de Serviços Urbanos e Infraestrutura (SSUI), Qualidade Ambiental (SQA), Gestão da Cidade e Mobilidade Urbana (SGCMU), Vigilância Sanitária (SMS), Sanep e Defesa Civil.
Neste verão, a Vigilância Epidemiológica teve registro de apenas um caso suspeito de dengue, na primeira quinzena de janeiro, que resultou negativo. Em 2016, foram 29 casos de suspeição e, destes, nove foram confirmados – todos eram “importados”, ou seja, os pacientes haviam estado em áreas endêmicas de outros estados brasileiros.