Vem aí a segunda edição do Festival Jaguarão em Dança.
Neste final de semana a dança vai tomar conta da fronteira Jaguarão-Rio Branco. Isso porque está chegando a hora da segunda edição do Festival Jaguarão em Dança, que reunirá bailarinos de diversas cidades do Brasil, Uruguai e Argentina. Realizado pelo Instituto Cultural e Esportivo Maktub e Ayuni Studio de Dança, o evento conta com apoio do SESC e Prefeitura Municipal e promete aquecer os setores cultural, turístico e econômico da fronteira.
De acordo com o produtor executivo, Tiago Coimbra o festival tem a direção geral e artística de Luiza Araújo e conta com mais de 500 inscrições de bailarinos, sendo que a maior parte é de fora da cidade. Ele destaca que o número de inscrições superou as expectativas da organização e demonstra que o movimento de turistas na fronteira será intenso, já que além dos bailarinos a cidade receberá também as equipes responsáveis pelos grupos de dança e familiares dos participantes.
Em relação à dinâmica do evento Coimbra salienta que trata-se de um festival competitivo que terá duração de dois dias com apresentações que abrangem 12 modalidades de dança em quatro níveis e quatro categorias, além de ser um momento de integração entre as escolas de dança. “No ano passado realizamos o festival em apenas um dia e contamos com 82 coreografias em mais de seis horas de evento. Com o sucesso da primeira edição e a partir do trabalho de pesquisa e avaliação que realizamos percebemos que era preciso ampliar os dias para garantir mais qualidade para o público e para os bailarinos”, conta o produtor destacando ainda que o Festival deverá contar com 150 coreografias, que serão divididas nas duas noites.
Sobre a ampliação do número de participantes em relação ao ano passado o produtor executivo pontua especialmente o formato diferenciado que foi dado ao Festival. “Um dos nossos grandes diferenciais que já foi muito elogiado na primeira edição é o sistema de avaliação. Muitos participantes retornaram ao Festival destacando essa questão, em que priorizamos a transparência e valorizamos o trabalho dos bailarinos, possibilitando que os grupos de dança consigam identificar de forma clara o que pode ser aperfeiçoado. Somado a isso temos a questão dos jurados inéditos, a antecipação da programação aos participantes inscritos, já que enviamos com bastante antecedência o cronograma de ensaios e apresentações, o cuidado com nosso regulamento e com as informações disponibilizadas aos grupos de dança, enfim, criamos um conceito diferenciado que deu certo e que já vem sendo implantado em outros eventos de dança a partir do nosso Festival”, explica.
As competições do Festival Jaguarão em Dança serão realizadas no dia 29 e 30 de abril. No dia 28 de abril será reapresentado pelo Ayuni Studio de Dança o espetáculo Oceano: Uma viagem ao Fundo do Mar. Todas as apresentações acontecem no palco do Theatro Esperança.
PREMIAÇÃO: As premiações serão realizadas por noite. Receberão troféus os três primeiros colocados em cada modalidade /nível /categoria, além das premiações destaques.
JURADOS: Fazem parte do corpo de jurados os seguintes profissionais da dança: Guilherme Biegler ( Porto Alegre), Jean Mendes e Lívia Thomas ( Santa Maria) e Sandra Tedesco e Rosimari ( Argentina).
INGRESSOS: Ingressos antecipados podem ser obtidos no Ayuni Studio de Dança (Rua dos Andradas, 295) nos seguintes valores: R$ 15,00 (cada noite de festival) , R$30,00 (para as três noites) e R$ 10,00 ( Espetáculo de abertura Oceano).
HORÁRIOS: O espetáculo Oceano que acontece na sexta-feira (28) será realizado às 20h. No sábado (29) as competições iniciam às 19h e no domingo (30) às 18h.
INFORMAÇÕES: Informações completas sobre o regulamento do evento podem ser obtidas no site www.luizaaraujo.com.br.
Dança, patrimônio, turismo e os impactos econômicos e culturais na fronteira
A ideia da realização do Festival Jaguarão em Dança surgiu a partir da experiência de participação do Ayuni Studio de Dança, dirigido pela bailarina Luiza Araújo, em diversos festivais nacionais e internacionais. Com todo o conhecimento adquirido no mundo da dança e considerando o grande potencial turístico, cultural e comercial da fronteira foi que nasceu a ideia de trazer um Festival de Dança para Jaguarão.
Conforme o diretor do Instituto Cultural e Esportivo Maktub, Tiago Coimbra a primeira edição do evento foi feita de forma arriscada, já que foi difícil conseguir apoio e os resultados eram inesperados. Ele conta que embora eles tivessem experiência com grandes eventos de dança do ventre, a proposta era diferenciada, já que o evento englobava diversos estilos de dança. “Mesmo com todas as dificuldades realizamos um Festival de grande sucesso no ano passado e a prova é o aumento do número de participantes deste ano. Muitos voltaram e outros irão participar pela primeira vez, pois ouviram falar muito bem e conheceram o nosso processo de transparência de avaliações.”, observou Tiago que cita a Escola de Ballet Dicléia Ferreira de Souza (Pelotas), o grupo Dançante (POA) e várias escolas do Uruguai, como alguns dos grupos que participam pela primeira de vez do Festival em Jaguarão.
Ainda segundo ele no ano passado após a realização do Festival foi feita uma conversa com o Poder Público apresentando os resultados da primeira edição e mostrando o potencial que ele possui. “A nossa fronteira tem um potencial muito grande de atrair pessoas e temos fortes elementos como o patrimônio, a cultura, os free shops, o turismo, entre outros. Acreditamos que esse Festival tende a crescer ainda mais e a nossa ideia seria poder realizá-lo, talvez, no Largo das Bandeiras, com uma estrutura similar a Feira do Livro, com acesso gratuito para toda a comunidade”, diz Tiago ressaltando que o Festival de Joinville é uma das grandes inspirações para essa proposta.
Em relação aos impactos na fronteira Coimbra conta que no ano passado viu muitos participantes do Uruguai comprando no comércio brasileiro, assim como muitos brasileiros foram em busca dos produtos nos free-shops do outro lado da ponte. “Não temos dúvidas de que o Festival movimenta a fronteira em vários setores. As pessoas que participam do Festival vão procurar algum estabelecimento para se alimentar, irão buscar algum local para se hospedar, irão abastecer, sempre tem alguém que compra alguma lembrança da cidade, enfim é um evento que está crescendo e certamente tem potencial para crescer fortalecendo ainda mais o turismo e a cultura da nossa terra”, finaliza.