[RG] Meninas são encontradas acorrentadas em uma residência.

plantao-policia-portal-300x158Pais são sinônimo de proteção ou, ao menos, deveriam ser. Nesta semana, quem deveria proteger, acorrentou. Duas meninas foram encontradas presas por correntes na casa onde moram em Rio Grande. Os pais foram os responsáveis por algemar as crianças, de nove e 14 anos. O caso tramita no Ministério Público e ganhou repercussão nos últimos dias. O destino das crianças será definido pelo Judiciário e os responsáveis irão responder por cárcere privado.

Após uma denúncia anônima ao Conselho Tutelar da Região 2, agentes se deslocaram a uma residência, no bairro São Miguel, e constataram que duas meninas estavam acorrentadas em um banheiro – que não possuía porta – e mais um garoto. Na casa, nenhum adulto. As crianças pediram socorro e a invasão foi feita na quinta-feira. Em seguida, os três alegaram que a situação não passava de uma brincadeira entre irmãos, porém, os agentes constataram visivelmente que a ação requereu habilidades de adultos. O menino – não acorrentado – fugiu e o Conselho encaminhou as duas meninas a uma Casa de Passagem da cidade.

Horas depois, os pais apresentaram-se no Conselho e prestaram depoimento. A mãe já responde por negligência (falta de cuidados e omissão do cumprimento de seus deveres). O pai confessou ter acorrentado as meninas, mas defendeu-se, alegando que a de 14 anos fugia de casa; também disse que nas outras vezes quem praticava o ato era a mãe das crianças.

O andamento do caso
O casal tem seis filhos, todos menores de idade; as crianças estão matriculadas em uma escola, porém, nenhuma vai às aulas, de acordo com o Conselho Tutelar da cidade. Segundo o conselheiro que administra o caso, Reginaldo Rodrigues, a mãe admitiu ser usuária de drogas e acorrentaria as crianças para sair de casa.

Os quatro filhos permanecem na residência dos pais, mas Rodrigues garante que durante o fim de semana a família será monitorada. “Estamos juntando provas materiais para tirar essas crianças do convívio familiar até que a família se reestruture”, ressalta. O conselheiro diz acreditar que na próxima segunda-feira os quatro irão para a Casa de Passagem, onde estão as irmãs. As crianças receberão tratamento psicológico e, junto com os pais, atendimento psicossocial.

As meninas
O prazo máximo para permanecerem na Casa de Passagem é de 48 horas. Neste tempo, o Conselho irá avaliar possibilidades e procurar parentes e amigos próximos da família para que as meninas e os outros quatro filhos do casal possam morar. Caso isso não aconteça, o órgão vai encaminhar ao Judiciário um pedido para que as crianças fiquem em um abrigo público.

DIÁRIO POPULAR.
Por: Jéssica Barz
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