Primeiro caso confirmado de febre amarela no RS é de paciente jaguarense.
A Secretaria da Saúde (SES) confirmou, na quarta-feira (21), o primeiro caso importado de febre amarela no Rio Grande do Sul, desde 2010. Trata-se de um homem de 27 anos, residente em Jaguarão, sem histórico de vacina contra a doença.
O homem viajou, em janeiro, a São Tomé das Letras (Minas Gerais), onde esteve em área de mata. Ao retornar ao estado, no dia 27, já apresentava febre, vômitos, edema e mialgia (dor muscular), sendo internado no mesmo dia na Unidade de Tratamento Intensivo do Hospital Universitário São Francisco de Paula, em Pelotas. Ele permanece hospitalizado, apresentando quadro clínico estável.
No dia 29, foi coletado material para análise do Laboratório Central do Estado para dengue, malária e leptospirose, todos com resultado negativo. Uma quarta análise, para febre amarela, foi realizada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro, que teve a confirmação positiva na quarta-feira.
Técnicos da 3ª Coordenadoria Regional de Saúde, com sede em Pelotas, e do município de Jaguarão já executaram investigação nos locais de residência e de trabalho do paciente, sem detecção de focos do Aedes aegypti, o mosquito transmissor da doença em áreas urbanas.
Recomendação à vacinação
A SES recomenda que a população mantenha atualizada a vacinação contra a febre amarela, prioritariamente para quem circula ou mora junto a áreas de matas ou tem previsão de viagem para esses lugares, dentro ou fora do Rio Grande do Sul. Quem já tomou ao menos uma dose da vacina já tem imunização suficiente para toda a vida, pois a vacina deixou de ter validade de 10 anos e passou a ser dose única.
Histórico da febre amarela no RS
O Rio Grande do Sul não apresentava casos confirmados de febre amarela desde 2010, quando foi registrado o último importado. Casos autóctones (contraídos dentro do estado) não são confirmados no RS desde 2009.
No Brasil, entre 1º de julho de 2017 e 20 de fevereiro deste ano, foram confirmados 545 casos de febre amarela, sendo 164 óbitos, distribuídos nos estados de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Distrito Federal.
Texto: Ascom SES
Edição: Sílvia Lago/Secom