[PEL] Promotor confirma que professora desaparecida de Pelotas era ameaçada.
Em mais de uma hora de coletiva no Ministério Público de Pelotas na manhã de quarta-feira (30) sobre as investigações do desaparecimento da professora Cláudia Pinho Hartleben, o promotor José Olavo Passos confirmou que ela era ameaçada. “Nos autos do inquérito, há depoimentos de que caso acontecesse algo com ela, isso não seria descoberto”.
Passos também confirmou que o ex-marido da docente, João Morato Fernandes, foi denunciado por violência doméstica em 2013 contra Cláudia e responde processo na Justiça. Uma nova audiência será realizada em novembro deste ano.
Estavam presentes no pronunciamento o atual marido de Cláudia, Pedro Gomes, a amiga e última pessoa a estar com ela, Eliza Komninou, a advogada e prima da professora, Luiza Garcia, e o advogado contratado pela família, Antonio Ernani Pinto Silva Filho.
O inquérito segue sob sigilo. Neste mês, mais pessoas próximas à desaparecida foram chamadas para prestar esclarecimentos na Delegacia de Homicídios e Desaparecidos (DHD). “Nós temos indivíduos que podem ser considerados suspeitos”, afirma o delegado Félix Rafanhim, sem citar nomes.
De acordo com o juiz da 1º Vara Criminal, Paulo Ivan Medeiros, suspeitos podem ser indiciados com materialidade indireta, ou seja, depoimentos e indícios de participação de um crime. O promotor afirma que 99% das características do caso apontam que se trata de um homicídio.
Mandados de busca e apreensão em apartamentos de Pelotas e propriedades rurais foram cumpridos pela polícia. Fios de cabelo foram periciados, mas sem conclusão. Amostras de sangue não foram encontradas.
O resultado de uma nova perícia será entregue à polícia na quinta-feira (1º). Foi analisado o computador do filho de Cláudia, João Félix Hartleben Fernandes, que estava no quarto no momento em que a mãe chegou em casa. Em depoimento, ele disse que já estava dormindo por volta das 23h, horário em que a professora teria aberto o portão e estacionado o carro.
Fonte: Rádio Gaúcha