Em votação, professores aprovam greve contra pacote de Sartori.

Por CPERSEm assembleia na tarde desta quinta-feira (8) em Porto Alegre, professores estaduais aprovaram greve a partir de 13 de dezembro, mostrando contrariedade ao pacote de medidas contra a crise financeira anunciado pelo governo do Rio Grande do Sul recentemente.

A mobilização, conforme o Cpers, sindicado da categoria, dura até a votação dos projetos na Assembleia Legislativa, inicialmente.

A greve já havia sido aprovada pelo conselho do sindicato, que levou o tema para votação nesta quinta na Praça da Matriz, no Centro da capital gaúcha. A maioria optou pela mobilização.

Pacote de medidas
Encaminhado pelo governo, o plano já está na Assembleia Legislativa para votação. O pacote engloba quase 40 medidas que tentam conter, em médio e longo prazo, a crise financeira do estado. Todos os projetos de lei  foram protocolados com pedido de urgência, informa o governo.

Entre as medidas, estão a extinção de 11 órgãos ligados ao Executivo – nove fundações, uma companhia e uma autarquia – e a redução no número de secretarias, que passa de 20 para 17, com três fusões.

Segundo o governo, serão demitidos entre 1,1 mil e 1,2 mil servidores – entre efetivos e cargos de confiança.

O governo espera que as medidas proporcionem aos cofres do estado uma economia de R$ 146,9 milhões por ano. Caso o pacote seja aprovado, será instituído um grupo de trabalho para acompanhar a implementação das mudanças.

Sartori diz que não há ‘plano b’ em caso de o pacote não ser aprovado pelos deputados.

Por meio de nota, o governo do estado considerou a medida “equivocada e inoportuna”, já que o ano letivo está prestes a acabar. Confira a nota na íntegra:

NOTA OFICIAL

“Manifestação do governo do Estado sobre decisão de greve por grupo de sindicalistas do Cpers

Sobre a informação divulgada pelo Cpers Sindicato, após ato de um grupo de sindicalistas que decidiu deflagrar greve a partir do dia 13 de dezembro, a Secretaria de Estado da Educação torna público o seguinte posicionamento:

1 – A medida é equivocada e inoportuna, visto que o ano letivo regular de 2016 se encerra em 23 de dezembro. A decisão tomada por parte da categoria prejudica diretamente a comunidade escolar, especialmente os estudantes concluintes do Ensino Fundamental, Médio e da Educação Profissional.

2 – O conjunto de medidas que será apreciado na Assembleia Legislativa busca reverter, no médio e longo prazo, o cenário de déficits sucessivos ao longo das últimas quatro décadas. O compromisso prioritário é atender especialmente educação, segurança, saúde, infraestrutura e áreas sociais.

3 – Acreditamos que a maior parte da categoria compreende o momento que estamos vivendo. Por isso, a Secretaria da Educação acredita que os nossos professores estaduais encerrarão o ano letivo na data prevista, em respeito aos alunos e à comunidade escolar.

GOVERNO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL”

Fonte: G1

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