[AG] Cooperativa de Recicladores irá assumir a coleta de lixo na cidade.

Projeto atende exigência do Meio Ambiente e promove inclusão social.

Buscando adequação a lei que prevê a implantação de coleta seletiva e a inclusão dos catadores no processo, assim como o fim dos lixões até 2014, o município de Arroio Grande está formando a Cooperativa de Recicladores – Reciclar. O sistema atual da limpeza pública é terceirizado e são gastos altos valores mensalmente para a prestação deste serviço.

Em reunião realizada no Centro de Cultura Basílio Conceição envolvendo o futuro grupo de cooperados e o Executivo Municipal, foi apresentado o projeto de convênio visando aquisição de suporte financeiro para a funcionalidade da cooperativa.

O prefeito Luiz Henrique Pereira destacou que as cooperativas de catadores no Brasil vêm se expandindo rapidamente podendo se tornar um negócio de futuro, e hoje são encontradas nas grandes e pequenas cidades do interior, e sua importância enquanto movimento social é cada vez mais reconhecida. “Cabe a nós do Poder Executivo oferecer a estrutura e o repasse mensal de recursos para atender as necessidades da cooperativa e de seus integrantes. Isso vai significar economia para os cofres municipais, vamos gerar renda aos cooperados e atenderemos as exigências da lei ambiental”, declarou o prefeito.
Para o Chefe do Executivo arroiograndense, a nova metodologia de limpeza pública no município vai gerar, naturalmente, divergências, mas com o tempo a comunidade irá se adaptar com o novo sistema de coleta seletiva do lixo. “Todo o novo acaba impactando. O importante é que a população esteja consciente que se trata de uma ação séria e necessária em todos os sentidos, cabendo a cada cidadão fazer a sua parte para que a cooperativa possa executar sua tarefa”, completou Luiz Henrique.

 

O Presidente da Cooperativa, Leandro Caetano, falou da expectativa em que todos estão vivendo neste momento em que o processo de criação da entidade está em fase final. Hoje diversos catadores perambulam pelas ruas da cidade, de lixeira em lixeira, na busca de material para comercializar por preços irrisórios, sem perspectivas de retorno financeiro sustentável.
As cooperativas via de regra são pautadas com base na economia social solidária, em que os meios de produção e também a renda gerada pelo processo são distribuídas entre os catadores.  O principal objetivo das cooperativas fundadas neste molde são de gerar trabalho, renda e melhores condições de vida a uma parcela da população excluída, seguido pelas questões ambientais e de preservação do meio ambiente.
Participaram da reunião os secretários municipais da Agricultura e do Planejamento, Rafael Christ e Ivan Nunes, respectivamente; o Engenheiro Guilherme Machado Nunes e Andreos Alves, do Departamento Municipal de Meio Ambiente; o Gestor de Cooperativas Rozinei Lima Barros; e a advogada Carla Brasil, da Procuradoria Geral do Município.
Inicialmente, cada cooperado receberá um salário equivalente a mil reais por mês. A cooperativa deverá começar com 30 integrantes, devidamente treinados e preparados para a execução do serviço de coleta e reciclagem do lixo.

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