[AG] Professor arroiograndense é destaque na imprensa nacional.

Ivan Nunes venceu a 5ª e a 6ª edições do prêmio Professores do Brasil, promovido pelo MEC Foto: Divulgação
Ivan Nunes venceu a 5ª e a 6ª edições do prêmio Professores do Brasil, promovido pelo MEC Foto: Divulgação

Recentemente foi veiculada uma notícia no portal Terra sobre o prêmio “Professores do Brasil”, onde, o professor Ivan Gonçalves, de Arroio Grande, foi destaque. Confiram a matéria abaixo:

Ivan Nunes Gonçalves e Vera Beatriz Hoff Pagnussatti são professores campeões. Ambos colecionam prêmios nacionais de educação e são exemplos não só dentro de suas comunidades. Ela auxiliou a zerar os números de abandono no ensino médio do colégio onde trabalha; ele criou um projeto escolar que ajudou a conscientizar o povo de uma pequena cidade a respeito do lixo. Hoje, a coleta seletiva abrange toda a comunidade. No meio do contexto duvidoso da educação brasileira – em que números do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) mostram melhoras, mas relatórios internacionais como o do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) exibem a maior taxa de evasão do ensino fundamental na América do Sul –, Ivan e Vera são exemplos de que o reconhecimento aos docentes contribui para a qualidade da educação.​

Ivan venceu a 5ª e a 6ª edições do prêmio Professores do Brasil, promovido pelo Ministério da Educação (MEC) e com inscrições abertas até 30 de outubro. O professor liderou os projetos “Um olhar sobre o lixo” e “Alimentos, eis a questão”, ambas iniciativas que envolveram mais de uma das disciplinas escolares. No caso do primeiro, a ideia surgiu a partir da observação de um problema de sua cidade, Arroio Grande, no Rio Grande do Sul. “Começou simples, na escola, mas hoje já se implantou a coleta seletiva em toda a cidade: uma cooperativa recolhe o lixo e faz toda a triagem desse material”. O professor diz que a cooperativa é formada por 30 ex-catadores que recebem cerca de R$ 1.000 por mês. O secretário de Planejamento e Urbanismo de Arroio Grande, Cesar Moura, reconhece que o projeto do professor do Ivan colaborou para ampliar a conscientização da população de 18 mil habitantes e chamar atenção para o tema.

Professor de química, Ivan relacionava o conteúdo curricular da sua disciplina com o que é jogado fora: utilizava, por exemplo, as substâncias que compunham o lixo no ensino de cálculos estequiométricos e química orgânica. Colegas de disciplinas como biologia e física também participaram do projeto, e a área pedagógica da escola se envolveu especialmente no apoio ao Concurso de Fotografias e à Mostra Estudantil de Vídeos: ambos os projetos visaram a conscientizar a comunidade com a produção de documentação acerca dos problemas que o lixo pode trazer à cidade. Conforme o professor, a escola é muito carente, então a falta de recursos técnicos e materiais foi uma grande dificuldade: muitas vezes os alunos acabavam trabalhando com câmeras de seus próprios celulares na produção dos vídeos e fotos.

Sexualidade precoce
Vera Beatriz leciona em Marechal Cândido Rondon, no Paraná. Professora de língua portuguesa, Vera ficou um ano afastada da sala de aula graças a uma bolsa que lhe possibilitou estudar discursos da mídia. Em 2009, quando retornou ao ensino público, aplicou suas ideias no seu primeiro projeto vencedor do prêmio, que relacionava sexualidade precoce e gravidez na adolescência aos discursos midiáticos. A mesma iniciativa foi posteriormente ampliada e venceu a 6ª edição do prêmio, em 2012, com o nome de “Aprender, socializar e agir para a transformação social”.

Entre as atividades, havia produção de textos diversos a partir de leitura de informações divulgadas nos meios de comunicação. “Os alunos eram leitores e produtores de texto. Eles se envolviam bastante porque percebiam que o texto não ficava só com o professor”, comenta Vera. O prêmio a auxiliou a convencer a direção da escola a implantar internet sem fio em todo o estabelecimento; mais que isso, quando se analisa os números de evasão na escola, o resultado surpreende. Nos anos de 2009 a 2011, uma média de 53 alunos por ano abandonou o ano letivo; já em 2012, ano em que Vera ganhou o Professores do Brasil pela segunda vez, nenhum dos 463 alunos de ensino médio abandonou a escola. A diretora auxiliar, Clarete Echar, diz que uma aluna chegou a desistir de adiantar os estudos em um ano para se manter trabalhando com Vera, e afirma que a queda na evasão foi muito influenciada pelo projeto da professora.

Vera concorrerá novamente na premiação de 2013, com o projeto “Cidadania: qual o meu papel?”. Também participará do Educadores do Brasil, da Microsoft, no qual venceu a principal categoria, Educador Inovador, em 2011. Também nesse concurso Ivan foi premiado em 2012 com o projeto “Alimentos, eis a questão” na categoria Inovação em Colaboração.

Prêmio Professores do Brasil
O prêmio Professores do Brasil está com as inscrições abertas até 30 de outubro e destaca experiências pedagógicas inovadoras no ensino público que ajudam na melhora da educação básica no Brasil. Dividido em oito subcategorias, serão premiadas 40 experiências, cinco por categoria, uma de cada região do País. Cada vencedor receberá R$ 5 mil e passagens para a premiação. O primeiro lugar de cada categoria ganhará mais R$ 6 mil.

Fonte:http://noticias.terra.com.br/educacao/premios-a-professores-diminuem-evasao-e-promovem-impacto-alem-da-escola,31cdbbffab051410VgnVCM5000009ccceb0aRCRD.html

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