Não haverá mais férias durante a Copa em 2014 nas escolas.
Liberação das aulas durante os jogos do Mundial é comemorada no RS.
A liberação para que as atividades escolares sejam mantidas durante a Copa do Mundo, em 2014, foi apontada como uma vitória por por órgãos ligados à Educação e entidades que representam os 496 municípios do Rio Grande do Sul. Segundo o chefe da Secretaria Estadual da Educação (Seduc), Jose Clovis de Azevedo, havia uma posição contrária ao calendário sugerido para o período dos jogos mundiais, que indicava férias entre 12 de junho e 13 de julho.
— A Lei da Copa não pode se sobrepor à Lei de Diretrizes de Base (LDB). Temos de administrar o ano letivo e a Copa como sempre foi. Em dias de jogos da seleção, avaliaremos se serão colocados telões nas escolas, se faremos período reduzido ou se suspenderemos as aulas.
Azevedo revela que o calendário ainda não foi montado, mas deve ser construído por meio de debates com todo o setor de Educação para que os estudantes não sejam prejudicados. No entanto, adianta que as aulas não devem ser interrompidas por 30 dias, pois causaria descontinuidade no aprendizado.
A Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs) também defende que cada região deve montar o cronograma de aulas de acordo com sua realidade.
— A previsão era de que os alunos deveriam ter férias entre 13 de junho e 12 de julho. Isso traria prejuízos econômicos, sociais e pedagógicos — avalia a coordenadora de Educação, Cultura, Turismo e Desporto da Famurs, Márcia Mainardi.
O artigo 64 da Lei Geral da Copa previa que em 2014 os “sistemas de ensino deverão ajustar os calendários escolares de forma que as férias escolares decorrentes do encerramento das atividades letivas do primeiro semestre do ano abranjam todo o período entre a abertura e o encerramento” da Copa.