Rodovias federais da região sul do estado registram redução de 40% no número de mortes no trânsito em 2018
2018 encerrou com 30 vidas perdidas nas rodovias federais da região sul do estado, número 40% menor se comparado com o ano de 2017, período mais violento nos últimos 4 anos.
As rodovias federais da região sul do estado, registraram em 2017 o período mais violento no trânsito. De janeiro a dezembro de 2017, 50 pessoas perderam a vida vítimas de acidentes. Neste período, a delegacia da Polícia Rodoviária Federal de Pelotas, que detém a circunscrição sobre as rodovias federais BRs 116, 293, 392 e 471 que compõem as rodovias da região, foi a campeã em mortes dentre as 14 delegacias da Polícia Rodoviária Federal no estado, situação que preocupou e muito a gestão da delegacia, tendo em vista ter alcançado, conforme levantamento estatístico, a redução do número de acidentes se comparado com períodos anteriores, entretanto, com aumento da gravidade e número significativo de óbitos.
Em 2018, apesar de não ter sido o melhor ano dos quatro analisados com relação a vítimas fatais, ressalta-se que a partir do direcionamento das atividades de policiamento e fiscalização, através da análise de pontos considerados críticos pela PRF, ocorreu significativa redução do número de acidentes, fazendo com que o número de vítimas fatais ficasse praticamente na mesma condição de 2016, melhor período da série analisada. O levantamento realizado pela PRF indicou em 2018 que as ações realizadas estão no caminho certo, pois a redução, considerada expressiva pela gestão local, permitiu que vidas fossem poupadas e, consequentemente, todas as demais sequelas vinculadas.
O caminho, portanto, passa obrigatoriamente pelo aumento da fiscalização, associada à educação e ações adotadas pelos atores que interagem cotidianamente no trânsito, a saber: condutores, passageiros e pedestres, bem como, pela estratégia adotada pelos órgãos de fiscalização, direcionando esforços para realizarem operações baseadas em dados estatísticos de acidentalidade, estando no local com maior incidência para evitar que acidentes ocorram, reduzindo, consequentemente a gravidade.
Segundo o chefe da delegacia da PRF em Pelotas, Fabiano Goia, “não podemos aceitar perder nenhuma vida sequer vítima da violência no trânsito ou considerar algum número aceitável, pois uma vida perdida refere-se a alguém que fará falta a uma determinada família.” Acrescenta ainda: “trabalhamos com o objetivo de não termos vítimas fatais, situação que de certa forma é inatingível, mas continuaremos com o esforço necessário para que vidas sejam poupadas.”
A PRF destaca que os números foram positivos em 2018, mas que deve avançar muito mais, pois tem a missão de proteger e salvar vidas. Dessa forma, em 2019, pretende buscar outras ferramentas essenciais para os processos de fiscalização, utilizando, para tanto, outros meios tecnológicos, etilômetros de última geração e de inteligência para agir na hora e momento certo.
Além disso, busca a constante qualificação do efetivo, assim como, pormenorizar ainda mais os dados estatísticos, visando novas estratégias para combater a violência no trânsito, para que ao final de 2019 possa apresentar indicadores que apontem resultados com índices de redução da acidentalidade e violência no trânsito menores que os de 2018.
É necessário frisar ainda, que não basta somente a ação da fiscalização, um dos pilares essenciais para a redução da violência no trânsito, há também que ser analisada a participação da educação, trabalhando a formação dos jovens com projetos direcionados a mudança comportamental, bem como melhorar as condições das vias, principalmente no avanço e continuidade das obras de duplicação da BR-116, principal via da região sul do estado.
Destaca-se como ações norteadoras da PRF para 2019, o foco em 5 eixos de fiscalização, considerados de maior participação e causa dos acidentes de trânsito nas rodovias federais: 1. Fiscalização de alcoolemia, 2. Fiscalização de excesso de velocidade, 3. Fiscalização de ultrapassagens indevidas, 4. Fiscalização de motocicletas, 5. Fiscalização de uso do cinto de segurança e dispositivos de retenção de crianças.
Nestas temáticas, a PRF intensificará suas iniciativas visando ainda mais a redução da violência no trânsito, estando estas em consonância com o PNATRANS (Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito), previsto no Código de Trânsito Brasileiro, que busca como meta, ao final do prazo de dez anos, reduzir à metade, no mínimo, o índice nacional de mortos por grupo de veículos e o índice nacional de mortos por grupo de habitantes.
Nesse sentido, o chefe da delegacia PRF em Pelotas encerra: “há muito a ser feito, situação que requer a integração e participação da sociedade civil nas ações, tendo como objetivo mudar o comportamento social das pessoas, para estabelecer mais segurança, visando um trânsito mais humano e seguro para todos.”
Dados estatísticos apurados pela PRF entre 2015 e 2018:
Período de 01/01/2015 a 31/12/2015
Quantitativo de Acidentes – 914
Pessoas feridas – 447
Pessoas ilesas – 1.953
Pessoas mortas – 47
Período de 01/01/2016 a 31/12/2016
Quantitativo de Acidentes – 726
Pessoas feridas – 450
Pessoas ilesas – 1.281
Pessoas mortas – 28
Período de 01/01/2017 a 31/12/2017
Quantitativo de Acidentes – 597
Pessoas feridas – 458
Pessoas ilesas – 672
Pessoas mortas – 50
Período de 01/01/2018 a 31/12/2018
Quantitativo de Acidentes – 438
Pessoas feridas – 446
Pessoas ilesas – 486
Pessoas mortas – 30