Clave de Sol #009 – E quando todos se forem?
E quando todos se forem?
Essa foi a frase que um amigo meu disse e que ficou retumbando na minha cabeça. E retumba até hoje.
E quando todos se forem?
Como será a vida quando não tivermos mais Paul McCartney, Rolling Stones, Eric Clapton, AC/DC entre tantos outros por parte internacional e Frejat (Barão Vermelho), Lulu Santos, Humberto Gessinger , Djavan e etc, por parte nacional?
Claro, provavelmente aparecerão bandas boas e músicos bons que talvez (eu disse talvez) possam suprir isso.
Mas sinceramente, do jeito que vejo o mundo caminhando, prefiro não criar expectativas.
A grande verdade é que dificilmente teremos aspectos inovadores nos próximos anos na música.
O que teremos serão músicos que se espelham em estilos já existentes.
Dificilmente se achará uma banda tipo Led Zeppelin que a cada disco novo era uma viagem nova. Nunca se sabia qual era o conteúdo, mas já se sabia que vinha coisa boa. Inovação. Nossa sociedade, atualmente, prefere ouvir o que é mais fácil, o que é mais simples, o que dê pra dançar.
A Música deixou de ser algo pensado e repensado pra ser algo que dê pra fazer Tchê tchê rere tchê tchê.
Há pouco tempo, Perdemos Johnny Winter. Um dos maiores músicos de Blues que já passaram pelo plano terrestre. E assim, um por um, eles vão nos deixando.
Uma das minha metas de vida é ver um show do Stones e soube que eles podem vir a POA em seguida. Não posso perder, pois vai saber se terei outra oportunidade?
Espero queimar a língua sobre tudo que falei, porque diante a tudo isso, a única certeza que tenho é a do tempo. Por que o tempo,
o tempo não para.
Júnior Ebeling