[AG] Seminário em Arroio Grande destaca a importância do preparo antecipado do solo.
Cerca de 50 pessoas se reuniram na tarde da última terça-feira (22) na sede do Sindicato Rural de Arroio Grande para o Seminário de Resultados promovido pelo Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga). Além da apresentação dos dados relativos à safra 2013/14, os produtores da região assistiram a palestras e aproveitaram para tirar suas dúvidas e levar suas demandas aos agrônomos do instituto. O evento foi organizado pelo 11º Núcleo de Assistência Técnica e Extensão Rural (Nate) do Irga.
O seminário começou com a apresentação dos dados referentes aos municípios de abrangência do 11º Nate – Arroio Grande, Herval do Sul e Pedras Altas. Juntos, os municípios colheram 289,4 mil toneladas de arroz em 42,3 mil hectares, resultando em uma produtividade média de 6,8 mil quilos por hectare. Segundo o chefe do 11º Nate, Claudio Corrêa Pereira, a queda de produtividade – na safra anterior, a produtividade média da região foi de 7,5 mil quilos por hectare – se deve, principalmente, ao atraso do plantio, causado, entre outros fatores, pela grande quantidade de chuvas da primavera. Na sequência, o coordenador regional André Oliveira apresentou os dados da Zona Sul. A região foi a segunda que mais colheu no estado – atrás apenas da Fronteira Oeste. Foram 1,3 milhão de toneladas colhidas em 179,8 mil hectares. A produtividade média foi de 7,5 mil quilos por hectare.
Os dados do estado foram apresentados pelo diretor técnico do Irga, Rui Ragagnin. Foram 8,1 milhões de toneladas do cereal em 1,1 milhão de hectares, totalizando uma produtividade média de 7,2 mil quilos por hectare. Ragagnin ressaltou a importância do preparo antecipado do solo para que o produtor possa semear no período recomendado, especialmente neste ano, que tem previsão da ocorrência de El Niño. “Quem planta antes, consegue uma maior produtividade. Plantando até 1º de novembro, o produtor reduz custos, diminui a possibilidade de ocorrência de doenças e aproveita a maior incidência de radiação solar no período reprodutivo da planta.”
O presidente do Irga, Claudio Pereira, falou sobre a atual situação da cadeia orizícola e as perspectivas para o futuro, salientando a estabilidade do mercado e o bom momento pelo qual a cadeia produtiva passa. Um dos destaques foi a importância da rotação de culturas para a segurança técnica e financeira do produtor. “Quebrar a monocultura é fundamental. Só ter arroz na mão deixa o produtor vulnerável às crises. É preciso dar a ele condições para se defender do mercado.” Segundo o presidente, Arroio Grande é um dos municípios pioneiros na plantação de soja em áreas de arroz. Na última safra, foram semeados 20,3 mil hectares da oleaginosa na várzea.
A palestra sobre os usos alternativos das áreas de arroz, ministrada pelo engenheiro agrônomo Rodrigo Schoenfeld, finalizou o evento. Schoenfeld falou sobre as peculiaridades do solo e das propriedades da região, enfatizou os benefícios da rotação de culturas e da integração lavoura-pecuária, deu dicas sobre o manejo da lavoura e relembrou a importância do preparo antecipado do solo: “para aumentar a produtividade, é preciso ter o domínio da área 365 dias por ano”.
Texto: Camila Raposo
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