[SUL] Greve de terceirizada da “Oi” causa transtornos para consumidores.

oi-logo1Há quatro dias Maria da Graça Ferreira, que mora na rua Sinhá Costinha, próximo à avenida Dom Joaquim, encontra-se sem internet e telefone. O problema não é exclusividade dela. O lado direito da avenida e outras localidades da cidade que utilizam os serviços da empresa Oi, também sentiram nos últimos dias os efeitos da greve de uma terceirizada da empresa.

A RM, que presta serviços para a Oi, está com as atividades paralisadas desde o dia 9 de junho. Maria da Graça diz que entrou em contato com a empresa de telefonia e internet e foi informada de que um cabo havia queimado, motivo da falta do serviço, mas que seria consertado na segunda-feira, dia 30 – o que não aconteceu. “Há restaurantes e consultórios na Dom Joaquim que não estão funcionando devido à falta do serviço”, afirma a moradora.

Os transtornos se repetem no Ecocamping Municipal que ficou 28 dias sem telefone, a única forma de contato com o local, até o dia 23 de junho, como mostrou uma reportagem do DP (Diário Popular). Em contato com o supervisor geral da Eterpel, responsável pelo ecocamping, Daniel Oliveira, o problema que havia sido solucionado no dia seguinte à publicação da matéria, voltou a acontecer desde  segunda-feira. “O serviço havia sido normalizado, mas no dia 30 voltamos a ficar sem o funcionamento do telefone. Estamos no aguardo dos reparos.” Anteriormente, a causa do problema era a queda de dois postes de telefonia. Já o motivo da segunda interrupção do serviço ainda não foi informado.

O diretor executivo do Sindicato dos Telefônicos do RS (Sinttel), Marcone Santana do Nascimento, informou que os serviços de reparos e instalações da Oi estão suspensos há 24 dias em todo o Rio Grande do Sul. Os registos de solicitação de serviços chegam a 110 mil no Estado e cinco mil em Pelotas. A RM solicita reajuste de 10% no salário e melhores condições de trabalho. De acordo com Marcone, até o momento a Oi propôs 6% de aumento, oferta que foi recusada pela categoria que segue sem previsão de retorno às atividades. “O modelo de gestão da Oi é ultrapassado e sucateou a empresa, estamos buscando melhorias e mudanças para nós.” Os estados de Santa Catarina e Bahia também estão com as suas terceirizadas em greve.

A assessoria de comunicação da Oi encaminhou por e-mail à reportagem do Diário Popular um posicionamento em que diz que a empresa mantém planos de contingência com o objetivo de acionar equipes próprias e contratadas inclusive de outras localidades para garantir a prestação de serviço em regiões afetadas.

Orientações
O Coordenador Executivo do Procon, Jardel Oliveira, orienta os clientes da empresa a procurarem o órgão do município para o registro dos transtornos. Até o momento, segundo Jardel, os dez casos em relação à Oi que foram registrados no Procon já foram resolvidos. É o caso do problema de telefonia da Colônia de Pescadores Z-3.

Em Pelotas, o Procon tem sede na avenida Ferreira Viana, 1.135.

Greve afeta consumidores de Arroio Grande também
Alguns consumidores da cidade de Arroio Grande procurararam a nossa reportagem para fazer a denúncia do demorado atendimento por parte da “Oi”. Inclusive comércios que necessitam muito dos serviços de telefonia e internet apresentaram problemas e até hoje seguem sem reparo.

A matéria é do Diário Popular. Edição de Rafaelle Ross.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *