[JAG] Atendimento na Santa Casa de Jaguarão deve voltar ao normal nesta terça.
Por: Luciara Schneid
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Com todos os serviços paralisados desde a sexta-feira, por falta de material básico, a expectativa é de que os atendimentos na Santa Casa de Caridade de Jaguarão voltem ao normal a partir de terça-feira (28). Pelo menos é o que espera o titular da 3ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS), Milton Martins, ao garantir o depósito, na conta do hospital, nesta segunda, de R$ 312 mil, relativos a incentivos federais.
Segundo o administrador da entidade, Milton Hermann, desde sexta-feira, o hospital não tem mais pacientes internados e as cirurgias estão canceladas desde o início do mês. Apenas o Pronto-Socorro realiza atendimentos, mesmo assim somente os casos de extrema urgência. Ele esperava ainda na segunda a disponibilidade do depósito para efetuar ao menos o pagamento dos 110 funcionários, na manhã desta terça.
Martins explica que a intenção era pagar imediatamente após a assinatura da contratualização, os R$ 350 mil relativos aos quatro meses (janeiro, fevereiro, março e abril) em atraso, mas o valor não passou na Central Gestora do Estado. Martins destaca ainda que nos próximos dias devem ser pagos ao hospital outros R$ 197 mil do Estado, mais R$ 212 mil relativos a incrementos ao contrato, valor que deve chegar a R$ 400 mil.
No início deste mês, funcionários e corpo clínico, médicos e enfermeiros, da Santa Casa de Caridade de Jaguarão paralisaram suas atividades em protesto pela falta de estrutura básica para o hospital funcionar. Entre os motivos do protesto, estão ainda o atraso no pagamento dos salários dos meses de março e abril. Em março, teria sido pago apenas 50% do salário. Além disso, por conta do atraso nos repasses, o hospital estaria sem medicamentos para atendimentos básicos como analgésicos e antibióticos. O hospital também estaria necessitando de aparelho de raios X.
Recursos
O contrato entre Estado e Santa Casa foi assinado no dia 10 e remetido ao Fundo Estadual de Saúde (FES). A nova contratualização prevê o repasse de valor mensal de cerca de R$ 250 mil à instituição, o equivalente a R$ 3 milhões anuais, o que representa o dobro do valor do contrato anterior, que era de R$ 125 mil mensais.