[SUL] Maré subiu e causou estragos na praia do Cassino neste domingo (09).

mare cassino 09 02 2014
Foto: Pablo Guimarães – Jornal Agora

Vários carros atolados, correria e cadeiras arrastadas, esse foi o resultado da subida repentina da maré, surpreendendo vários banhistas que aproveitavam a praia próximo aos Molhes da Barra, no final da manhã deste domingo (9).

Lenon Marques, 23 anos, salva-vidas civil, disse que o mar estava calmo e liso,  “”veio uma onda mais longa. Quando a água voltou, acabou “represando” o mar e formando mais três ondas. Foi uma destas que avançou mais e causou o estrago””. Segundo ele, na guarita dos salva-vidas, a onda alcançou entre 70 e 80 centímetros.

O banhista Giordani Mendes, 36, de Pelotas, informou que foi tudo muito rápido, sem aviso. Ele viu o mar subir de repente, com uma onda sobre a outra. A onda derrubou motos, destruiu gazebos, cadeiras de praia e churrasqueiras, relatou Mendes descrevendo ainda que vários carros boiaram e bateram uns contra os outros. “Foi horrível, achei que ia morrer aqui”, disse ele. Depois que o mar acalmou, perguntado se iria continuar na praia, disse que não. “Nem pensar. Acabou com a minha praia. Vou embora pra casa”, concluiu o banhista.

O fenômeno, conhecido como Tsunami Meteorológico, não é novidade para os banhistas que frequentam a praia do Cassino, tendo sido registrado em outras ocasiões, mas em nenhuma delas, nem na ocorridan neste domingo, se igualou à onda que atingiu o balneário, em março de 1977, quando relatos informam que “a água do mar se elevou a grande altura, e a onda veio correndo do oceano para a terra. Passou por cima de aproximadamente 14 automóveis que estavam na praia. Jogou um deles contra um trêiler de cachorro-quente, que logo perdeu o equilíbrio e virou na praia. Alguns objetos que estavam no trêiler, como garrafas, foram carregados pelas águas até os cômoros (dunas) de areia que ficam a uns 200 metros de distância em relação à linha de maré…”, de acordo com informações do artigo “A onda misteriosa do Cassino”, de Tulio Brandão, publicado em novembro de 2010.

Eduarda Toralles/ Germano Leite

Por Jornal Agora
http://www.jornalagora.com.br/site/content/noticias/detalhe.php?e=3&n=54738

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