[SUL] Águas-vivas causam queimaduras em dezenas de banhistas no Cassino.
As correntes oceânicas quentes e o vento predominantemente nordeste são, de acordo com o oceanógrafo do Núcleo de Educação e Monitoramento Ambiental (Nema), Kleber Grubel da Silva, os motivos do aparecimento excessivo de águas-vivas na beira da Praia do Cassino. “É um fenômeno normal, que está diretamente relacionado com as águas quentes do mar”, disse Silva.
Em contato com o ser humano, as águas-vivas – invertebrados do grupo dos cnidários, podem liberar um veneno desenvolvido para paralisar as presas, mas que causa irritações na pele e sensação de queimadura.
Segundo a enfermeira-chefe do Posto de Saúde do Cassino, Kerolin Moutinho, desde o início da temporada são registrados, em média, 20 atendimentos diários, relacionados a acidentes com água-viva. “Este número só não é maior porque os próprios salva-vidas estão dando as orientações na praia. Além disso, eles disponibilizam o vinagre, que pode ser usado para amenizar a dor”, disse.
Ainda de acordo com a enfermeira, os lugares do corpo mais atingidos são as pernas e a face. Enquanto esta reportagem era produzida no posto de saúde, Guilherme Mesquita, de seis anos, acompanhado do pai, Mario Mesquita, recebia os cuidados da equipe de enfermagem. O menino teve o rosto atingido pelo animal. “Eu mergulhei e ela pegou o meu rosto”, disse Guilherme.
Desde ontem (6), a Secretaria de Município de Saúde (SMS), através da Vigilância Ambiental em Saúde e da Vigilância Epidemiológica, iniciou o projeto de Prevenção a Acidentes com mães d’água. A iniciativa tem como objetivo alertar a população sobre os riscos de ataques dos cnidários. A recomendação da Vigilância Ambiental em Saúde é que o banhista procure informações nas guaritas de salva-vidas sobre as condições do mar e, também, dos riscos de águas-vivas. Além disso, segundo a Vigilância, deve-se observar a disposição de uma bandeira da cor branca com o símbolo de uma mãe d’água, indicando quando a incidência das mesmas é excessiva.
O QUE FAZER EM CASO DE CONTATO?
- Lavar o local com água do mar.
- Remover suavemente os tentáculos aderidos na pele utilizando pinça ou bordas de faca (não esfregar o local).
- Banhos e compressas com vinagre.
- Aplicar coldpacks (bolsa de gelo em gel).
- Restringir o movimento da área afetada.
- Acalmar a vítima.
- Procurar auxílio nos salva-vidas e/ou Unidade de Saúde
IMPORTANTE:
- Não lavar o local com água doce.
- Não aplicar substâncias sem indicação médica.
- Não pisar ou manipular animais mortos que se acham à beira-mar, pois eles ainda podem causar acidentes.
Karoline Avila/Assessoria
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